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Foto do escritorGi Ferreira

Explorando a Rota Afro: conexão com a história e a cultura da população negra de Jundiaí

Atualizado: 30 de nov. de 2023

No mês da Consciência Negra, nós, da Rede Girassóis, participamos da 20ª edição da Rota Afro – Circuito de Memória da População Negra, promovida pela Unidade de Gestão de Cultura (UGC), por meio dos departamentos de Cultura e de Patrimônio Histórico da cidade de Jundiaí.



A Rota Afro é um projeto piloto, iniciado em 2022, e consiste em visitas monitoradas em lugares históricos de Jundiaí, a fim de rememorar e significar a presença e histórias da população negra na cidade. O circuito da Rota também conta com manifestações artísticas para ilustrar como a mão de obra escrava foi utilizada na construção e manutenção da ferrovia do município.




Desvendando a história não contada


Jundiaí é conhecida como Terra da Uva (cidade italiana), com destaque para a produção de vinhos e frutas, entretanto, muito da história “apagada” do município tem sua origem através do trabalho escravo de indígenas e de escravos de origem africana. E é por isso que a importância da Rota Afro se dá, em primeiro lugar, pelo resgate das raízes e memórias da população negra de Jundiaí e, em segundo, pela educação cultural e patrimonial, uma vez que ela oferece um passeio por pontos históricos de Jundiaí, como no Espaço Expressa, que corresponde às antigas oficinas das estradas ferroviárias e plataforma de desembarque; no Museu dos Ferroviários; no Museu Histórico e Cultural Solar do Barão; e no Clube 28 de Setembro.




“Em meados do século 18, o número de escravos indígenas e de escravos de origem africana já era praticamente o mesmo, mas a partir da segunda metade deste século, a quantidade de africanos se intensificou, até que a mão-de-obra indígena foi totalmente abandonada. À medida que o número de africanos aumentava, também cresciam os focos de resistência. Há poucos registros históricos

sobre a vida destes trabalhadores,. (...).”

Conheça mais da história de Jundiaí neste link https://jundiai.sp.gov.br/a-cidade/historia/





Mas revelar estes capítulos não contados não é nada fácil, que os registros existentes são de memorialistas, o que torna a busca por fatos históricos um grande desafio. Daí a importância deste itinerário, pois ele oferece uma perspectiva sobre a influência do povo negro na formação da identidade local, destacando aspectos culturais, históricos e sociais que moldaram a comunidade jundiaiense ao longo dos séculos.


Uma jornada de descobertas, respeito e compromisso com a educação


Além de proporcionar uma jornada histórico-cultural, a Rota Afro assume um papel educativo e respeito pelas memórias não contadas da população negra de Jundiaí. Ela é uma jornada educativa porque conta com a participação de escolas, comunidade e classe artística, contribuindo para o entendimento de que a história contada até agora é do ponto de vista do colonizador e não do colonizado, reforçando a importância da valorização da herança afro-brasileira na nossa região.



Por isso, o que desejamos para 2024 é que este itinerário entre para a rota turística de Jundiaí, que ela se torne uma jornada de descobertas, respeito e celebração das memórias e herança do povo negro, influenciando ainda mais o cenário sociocultural da nossa região.





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